quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Mário de Sá-Carneiro


Escritor Modernista Brasileiro.
1890-1916

Mário de Sá Carneiro nasceu em Lisboa, em 1890. Foi poeta, contista e ficcionista português, uma das maiores figuras do Modernismo em Portugal.
Quando tinha seus 2 anos de idade, sua mãe morre e, em 1894 seu pai saiu para um vida de viagens, deixando-o com seus avós.
Começou a escrever poesias com 10 anos de idade.
Seus primeiros poemas publicados foram Dispersão, em 1914, o mesmo ano da novela
A confissão de Lúcio. Quando retorna a Portugal em 1925 lançou a revista Orpheu em parceria com Fernando Pessoa, seu mentor e a maior expressão do modernismo  naquele país.            
De volta a Paris, é obrigado a largar seus estudos por crise moral e financeira.
Suicidou-se em Paris.
Mas antes de sua morte, enviou seus poemas inéditos a Fernando Pessoa, publicados em 1937 sob o título Indícios de Ouro.


Trechos de alguns de seus poemas:

Álcool
Que droga foi a que me inoculei?
Ópio de inferno em vez de paraiso? ...
Que sortilégio a mim próprio lancei?
Como é que em dor genial eu me eternizo?

Nem ópio nem morfina. O que me ardeu,
Foi álcool mais raro e penetrante:
E só de mim que ando delirante-
Manhã tão forte que me anoiteceu.

Quase
Um pouco mais de sol - eu era brasa.
Um pouco mais de azul - eu era além.
Para atingir, faltou-me um golpe de asa...
Se ao menos eu permanecesse aquém...
...
Num ímpeto difuso de quebranto,
Tudo encetei e nada possuí...
Hoje, de mim, só resta o desencanto
Das coisas que beijei mas não vivi...

Sete canções de declínio
Meu alvoroço de oiro e lua
Tinha por fim que transbordar...
- Caiu-me a Alma ao meio da rua,
E não a posso ir apanhar!

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